Cecília Meireles (1901-1964) nasceu no Rio de
Janeiro em 7 de novembro de 1901.
"Minha infância
de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre
positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida.
Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos,
onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do
seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair
suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não
compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de
vida, unidos como os fios de um pano."
Algumas
de suas publicações:
Solombra, 1963
A Festa das Letras, 1937
Batuque, Samba e Macumba, 1935 (ensaio -
Portugal)
Canções, 1956
Análise dos poemas:
Canção
Mínima
No
mistério do Sem-Fim,
equilibra-se
um planeta.
E,
no planeta, um jardim,
e,
no jardim, um canteiro;
no
canteiro, uma violeta,
e,
sobre ela, o dia inteiro,
entre
o planeta e o Sem-Fim,
a
asa de uma borboleta
Análise
do poema : Este poema de Cecília traz uma mensagem de
grande reflexão, a questão do poema é a nossa posição dentro do
planeta. As vastas possibilidades de descobrir coisas novas e como elas se
desenvolvem em nossa volta e, principalmente, como essa liberdade de
questionamento nos afeta. Além das palavras serem muito bonitas, o que chamou a
minha atenção foi a intenção do poema, em vc pensar sobre o universo. Gosto de
mistérios, gosto de tentar desvendar as coisas.
Improviso
do Amor-Perfeito – Pág 87
Naquela
nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
Os
sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
Imensos
jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
Ai
de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
Longe,
longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se alteia,
entre pálpebras de areia...
que nos meus olhos se alteia,
entre pálpebras de areia...
Longe,
longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.
Análise
do poema: Neste poema se refere a um sofrimento, que
sofrimento? A busca pelo amor perfeito. Mesmo passando por tristezas, a busca
pelo amor continua, pois não vivemos sem esse sentimento. E claro, a questão de
Deus no envolvimento do sentimento. Esse envolvimento espiritual.O amor me dá
esperanças. É um sentimento que gosto de carregar comigo e que tem um
significado muito bonito, e isso me instiga bastante. Por isso esse interesse.
Se eu fosse apenas... – Pág 98
Se
eu fosse apenas uma rosa,
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!
Se
eu fosse apenas água ou vento,
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!
Perdoa-me
causar-te a mágoa
desta humana, amarga demora!
- de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa..
desta humana, amarga demora!
- de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa..
Análise
do poema: O foco desse poema são os defeitos da
humanidade, toda a mágoa causada e comparação com a natureza, sendo o processo
que logo dá a entrada de toda a tristeza que causa o ser humano. E de todas as
mágoas que cada elemento em metáfora lhe trouxe.
Justamente essa comparação com elementos da natureza. Amo a natureza e ela me faz sentir vivo. Como se nós dependêssemos dela. Até porque sem árvores neste mundo, seria difícil respirar.
Justamente essa comparação com elementos da natureza. Amo a natureza e ela me faz sentir vivo. Como se nós dependêssemos dela. Até porque sem árvores neste mundo, seria difícil respirar.
Analisado pelo aluno Elom Rolim, nº12
Fonte: http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp
Livro Cecília Meireles (Coleção Melhores Poemas)
Fonte: http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp
Livro Cecília Meireles (Coleção Melhores Poemas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário