segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Mário Quintana

‘‘O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você’’.



Mário Quintana foi um importante escritor, jornalista e poeta gaúcho. Nasceu na cidade de Alegrete (Rio Grande do Sul) no dia 30 de julho de 1906. Trabalhou também como tradutor de importantes obras literárias. Com um tom irônico, escreveu sobre as coisas simples da vida, porém buscando sempre a perfeição técnica. Na fase adulta, Mário Quintana foi trabalhar na Editora Globo. Começou a atuar na tradução de obras literárias. Durante sua vida traduziu mais de cem obras da literatura mundial. Entre as mais importantes, traduziu “Em busca do tempo perdido” de Marcel Proust e “Mrs. Dalloway” de Virgínia Woolf. Com 34 anos de idade lançou-se no mundo da poesia. Em 1940, publicou seu primeiro livro com temática infantil: “A rua dos cataventos”. Volta a publicar um novo livro somente em 1946 com a obra “Canções”. Dois anos mais tarde lança “Sapato Florido”. Porém, somente em 1966 sua obra ganha reconhecimento nacional.  Neste ano, Mário Quintana ganha o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira dos Escritores, pela obra “Antologia Poética”. Neste mesmo ano foi homenageado pela Academia Brasileira de Letras. Faleceu na capital gaúcha no dia 5 de maio de 1994, deixando uma herança de grande valor em obras literárias.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/biografias/mario_quintana.htm


Análises dos poemas:

Do amoroso esquecimento

Eu agora — que desfecho!
Já nem penso mais em ti…
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Análise do poema: O poema aborda o amor como tema principal, o eu-lírico diz que a pessoa amada já foi esquecida, porém ela nunca irá esquecer-se da pessoa. Assim podemos entender que, o sofrimento que ela causou ao eu-lírico foi esquecido, já o amor que um sentiu pelo outro está guardado tanto na memória, quanto no coração.
Escolhi este poema pelo simples fato de relatar a verdade, pois nunca vamos esquecer alguém que mudou nossa vida, que amamos e dedicamos nosso tempo, jamais iremos esquecê-la, uma recordação que sempre será lembrada. 

Poeminho do Contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!

Análise do poema: Em poucas palavras, Quintana consegue deixar subentendido o fato de que ele será lembrado por muitos e os poetas tradicionais serão esquecidos. O autor era criticado por sua linguagem ser simples e pouco tradicional, assim criou este poema. Dizendo que todos os autores que estão aí tentando atrapalhar sua carreira, serão deixados para trás e ele será lembrado por seus leitores.
Escolhi este poema pelo fato de que, todos aqueles que estiverem ‘‘atrasando’’ o lado das pessoas irá ser deixado para trás e certamente a pessoa em questão ficará e será lembrada, mesmo que tentem te derrubar, iremos superá-las. No verso ‘‘Eles passarão’’, seria passar a vida por passar e o último ‘‘Eu passarinho’’ viverá se arriscando e obtendo sucesso.

Relógio
O mais feroz dos animais domésticos
é o relógio de parede:
conheço um que já devorou
três gerações da minha família.
Análise do poema: O tema abordado no poema é o tempo. No primeiro verso ele compara o relógio em si com um animal doméstico, dizendo que ele é feroz, pois não podemos controlar o tempo. Se perdemos tempo com algo, não podemos voltar atrás. Dizendo nos últimos versos, que o tempo passa e não percebemos, deixando de aproveitar o precioso tempo que temos com nossos familiares, muitas vezes não damos o devido valor as pessoas que mais amamos assim o tempo passa, elas se vão e são guardados na memória e jamais serão esquecidos.
Escolhi esse poema, pelo motivo de falar sobre o tempo. Quer dizer que o tempo passa em um piscar de olhos e não percebemos, mostrando a realidade, ‘‘esnobamos’’ o tempo, achando que vai durar, mas quando percebemos ele já passou



Analisado pela aluna Mariana dos Santos Silva, nº28

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